Na Bahia de Caymmis, Gals, Gils, Caetanos e Tom Zés. De Castro Alves, Jorge Amados e João Ubaldos. De Oloduns e Ilê Ayês. Numa terra em que a cultura é tão enraizada, é inacreditável que o investimento na área seja ainda tão restrito.
Como o Bahia Notícias divulgou na semana passada, a Nexo realizou uma pesquisa e concluiu que apenas 1% da captação de recursos via Lei Rouanet foi destinada à Bahia. Segundo a própria pesquisa, uma das causas para essa realidade foi o baixo investimento no estado por parte das principais empresas brasileiras.
A Lei Federal de Incentivo à Cultura, mais conhecida como Lei Rouanet, tem como objetivo instituir políticas públicas para incentivar a cultura nacional. Dessa forma, o produtor ou artista deve apresentar o seu projeto cultural no Ministério da Cultura (MinC) junto com o orçamento e, se aprovado pelo Conselho Nacional, ele obtém uma carta que o permite ir atrás de patrocinadores para conseguir a verba necessária. Em contrapartida, a lei permite que parte do imposto de renda – 6% para as empresas e 4% no caso de pessoa física - seja revertido para a cultura. Os maiores entraves, no entanto, não se deve ao governo. “A burocracia estatal é a parte mais fácil. Difícil é convencer a empresa a comprar a ideia e investir no projeto. Dos milhares de projetos aprovados pelo MinC anualmente, só 20% consegue patrocinador”, afirma a advogada e também atriz Anna Tereza Landgraf.
Em relação ao baixo patrocínio por parte das empresas baianas, o Secretário de Cultura da Bahia, Albino Rubim, acredita que “a Lei Rouanet é um mecanismo de financiamento extremamente concentrador. Como quem decide em quais projetos investir é a empresa e grande parte das sedes está no Rio de Janeiro e em São Paulo, em torno de 70% e 80% dos investimentos tendem a se concentrar nesses dois estados. Assim, o que sobra para os outros é muito pouco. O número de projetos que a Bahia apresentou e que foram aprovados foi grande, o problema é que não houve a captação depois”.
De acordo com Marcio Polidoro, diretor de comunicação da Odebrecht, uma das maiores empresas sediadas na Bahia, a instituição acredita que “o incentivo fiscal é um importante estímulo ao apoio cultural no Brasil, mas esta não deve ser a única maneira desta ação se concretizar. Ao longo de 2012, em projetos de natureza cultural, ambiental e social, a Odebrecht investiu R$ 108 milhões. O Prêmio Odebrecht de Pesquisa Histórica – Clarival do Prado Valladares, por exemplo, é concedido a projetos selecionados por uma comissão julgadora e cobre todas as despesas do projeto, desde a pesquisa e a edição até sua publicação e evento de lançamento”.
Embora acredite que facilite e seja um bom incentivo, o produtor e músico Luisão Pereira garante que na prática a lei tem alguns gargalos e alguns entraves bem complicados. Além da centralização no eixo Sul-Sudeste, “artistas já consagrados tem muito mais facilidade para captar [recursos], para achar um patrocinador, do que um projeto desconhecido – e esse sim precisa muito mais de retorno do Estado pra poder caminhar”, defende o integrante da banda “Dois em Um”.
Pela experiência como atriz, Anna Tereza justifica que esse cenário existe porque as empresas enxergam o patrocínio apenas como uma forma de fazer propaganda. “Quando saímos da comédia usual, por exemplo – que diverte, mas pouco acrescenta – e defendemos um projeto que tem uma temática social bacana, sentimos a dificuldade de convencer os possíveis patrocinadores, mesmo usando todo o nosso latim para invocar a responsabilidade social e pontuar o quanto será positivo para a imagem da empresa se aliar a tão nobre projeto” complementa.
Para Rubim, o grande problema desse entrave para o financiamento de projetos pouco conhecidos deve-se à “lógica das empresas para escolher o que elas apoiam ou não. Não é uma lógica cultural estética, é uma lógica do marketing cultural. Então essa lei traz uma dificuldade muito grande para os artistas que são novos porque se você não tem um nome conhecido, a empresa não tem interesse em associar ou financiar e apoiar essa obra. Ou seja, ela não só é concentradora geograficamente, mas tende sempre a apoiar a cultura já instituída, os artistas já conhecidos”.
Quanto à essa prática das empresas de investir em produtos e marcas rentáveis, não há, de fato, uma questão legal que vete ou limite a participação de determinados artistas, mas “cabe aos patrocinadores terem consciência realmente do que é preciso no cenário cultural brasileiro”, como afirma Luisão.
Essa realidade parece um contrassenso quando se pensa que os artistas que conseguem o patrocínio frente às grandes empresas possuem forte projeção nacional e são capazes de se auto-sustentar. “São coisas que precisam ser revistas e pensadas por todos, porque as empresas quando patrocinam um show de um artista pela Lei Rouanet não estão usando o dinheiro delas, mas da população, um dinheiro que é nosso”, destacou Luisão. “A Lei Rouanet é muito perversa. Apenas 5% dos recursos são privados, enquanto 95% são públicos. Então, na verdade, a situação é que se tem uma lei que em vez de incentivar a iniciativa privada para botar dinheiro, ela está fazendo com que o dinheiro público seja decidido pela iniciativa privada, pelas empresas”, complementou Rubim.
Há, no entanto, outras possibilidades. Enquanto a Lei Rouanet mobiliza atualmente em torno de R$ 1,8 bilhão, o Fundo Nacional da Cultura (FNC), que é outra forma de investimento do governo federal, mobiliza em torno de R$ 300 milhões. “Temos seis vezes mais dinheiro da Lei de Incentivo à Cultura do que do Fundo de Cultura, que é um aporte direto, ou seja, pode incentivar diretamente um jovem criador cultural porque a relação é outra”, salientou Rubim. Além da Lei Rouanet e do FNC, há também a possibilidade dos produtores e artistas buscarem o financiamento através do governo do estado. “Na Bahia tem o “Fazcultura”, que se baseia no ICMS, e tem a possibilidade de utilizar R$ 15 milhões por ano”, alertou o secretário.
Torcida Olodum
Para manter a tradição, a partir do deste sábado (15) o Bloco Afro Olodum coloca em campo a sua torcida organizada sob o comando da Banda Olodum e convidados. O evento será realizado na Praça Tereza Batista a partir das 15 horas e terá como tema: O samba, o futebol, a alegria – As Raízes do Brasil. A Torcida Brasil Olodum irá acompanhar o jogo de estréia da Copa das Confederações entre Brasil e Japão em Brasilia. Depois, dia 20, tem Torcida Brasil Nigéria Olodum. Pelourinho no Jogo Nigéria X Uruguai. A noite. ’Dia 22 , Torcida Brasil Olodum. Pelourinho. Jogo Brasil X Itália. A tarde. Desde 1990 o Olodum vem organizando o evento e a partir da Copa do Mundo da Coréia e Japão, a Torcida Brasil Olodum ganhou dimensão nacional com o apoio da Rede Globo e do locutor Galvão Bueno.
Batalá levará 80 músicos para a Lavagem de Nova York
A estourada Banda de percussão feminina Batalá desembarca no final de agosto nos Estados Unidos com 80 músicos, sob o comando do mestre Giba. Motivo: Comemoração dos cinco anos de parceria com a Lavagem da Rua 46, em Nova York, prometendo sacudir a Times Square, no embalo da Copa do Mundo na Big Apple. Quem manda a noticia é a criadora e diretora da Lavagem, a baiana Silvana Magda.
A Batalá abriu no final de 2012 a turne comemorativa dos 50 anos dos Roling Stones em dois shows nos Estados Unidos. Recentemente, depois de um entrevero solucionado com bom humor, ganhou a simpatia da atriz inglesa, Helen Mirren que ganhou um Oscar pelo filme A Rainha, no qual interpreta a rainha Elizabeth II.
Panorama do Carnaval: Afródromo esquenta seminário
Um retorno à tradição. A cultura seguindo lado a lado com o entretenimento. Essa é a síntese do debate "Carnaval em movimento: do Afródromo às Fanfarras", mediada pelo vereador Moisés Rocha (PT), que encerrou a manhã de trabalhos no Panorama Carnaval - seminário realizado pela Comissão Especial do Carnaval, da Câmara Municipal de Salvador (CMS). O evento será encerrado na tarde dessa quinta-feira (16), no Teatro Jorge Amado, na Pituba.
Na discussão sobre as diversas manifestações culturais que se apresentam na maior festa de rua do planeta, Alberto Pitta, presidente do Cortejo Afro e da Liga dos Blocos Afro, apresentou o projeto original do Afródromo e relembrou a história de alguns blocos que já não existem. "É uma pena. Eu adoro blocos de índio, mas hoje infelizmente só temos dois e o esvaziamento dos afros, afoxés e blocos de índio é consequência desse formato que o Carnaval assumiu".
Segundo Pitta, o Afródromo não se resume a ter um circuito próprio, mas sim a requalificar os blocos, fazendo-os participar de forma digna do Carnaval de Salvador. "A indumentária é importante e depois de muito tempo eu voltei a me dedicar a criar modelos de tecidos. O Carnaval precisa de memória. Precisamos resgatar essas tradições com as fantasias, a decoração", afirmou
A decoração também foi fator lembrado por Sérgio Bezerra, presidente da Associação Carnavalesca das Entidades de Sopro e Percussão - pioneiro em antecipar o Carnaval para a quarta-feira, na Barra, com "um grande baile ao céu aberto". "A decoração está esquecida. Ninguém fala mais sobre a cidade, sobre a caracterização. O que precisa não é de circuito novo e sim do melhor aproveitamento do espaço que já temos. Circuito não se faz da noite para o dia", afirmou. Sérgio contou que na Barra já são mais de 30 blocos de sopro e percussão na quarta-feira, oficializada, inclusive, pelo Conselho Municipal do Carnaval (Comcar). "As famílias podem ir juntas para a rua, com crianças, para relembrar os antigos Carnavais e tudo com muita tranquilidade".
O painel contou ainda com a presença de José Luiz Lopes, mais conhecido como Arerê, presidente da União das Entidades de Samba da Bahia (Unesamba). Ele apresentou o pioneirismo da Caminhada do Samba, que abre a temporada das festas populares antecedentes à folia momesca, sempre no último domingo de novembro em homenagem ao Dia do Samba (comemorado 2 de dezembro). "O samba que já é forte na quinta, sexta e sábado merece maior exposição através da cobertura das televisões no período da noite. O samba já traz a plasticidade como atrai artistas nacionais e público de todas as idades".
Gestão do Carnaval é discutida no segundo dia do "Panorama Carnaval"
O novo modelo de gestão do Carnaval de Salvador foi discutido, na manhã desta quarta-feira (15), durante o painel "Governança: desafio público e privado" no segundo dia do "Panorama Carnaval". A reportagem do Bocão News esteve no primeiro dia do evento. O seminário que foi promovido pela Comissão Especial do Carnaval da Câmara Municipal de Salvador (CMS) acontece até esta quinta-feira (16), das 9h às 18 horas, no teatro Jorge Amado, na Pituba.
Mediado pelo vereador Claudio Tinoco (DEM), vice-presidente da Comissäo e relator do evento, a mesa foi composta por Pedro Costa, presidente do Conselho Municipal do Carnaval (Comcar); Guilherme Bellintani, secretário municipal de Desenvolvimento, Turismo e Cultura; e Otto Pipollo, presidente da Associação dos Blocos de Salvador (ABS).
Bellintani falou sobre a nova estrutura organizacional do município que compõe um novo modelo de gestão da festa, com o ingresso da Fundação Gregório de Matos e do Grupo de Trabalho, que completou 90 dias de criação nesta última terça-feira (14) e está em constante contato com o Comcar. "Apesar de ter avançado nos últimos anos, estamos fazendo ainda uma revisão na captação de recursos e receitas do Carnaval de Salvador, com mais equilíbrio de marcas na festa. Também estamos traçando novos planos para o cinturão de trânsito na cidade e oferta de transporte, a regulamentação de ambulantes (a ideia é propor um equipamento visual como símbolo de que está regulamentado e autorizado pelo poder público para atuar na festa) e ampliação de contêineres, hoje presente em apenas 5% contra 95% dos tradicionais banheiros químicos".
Virada Cultural em São Paulo terá Ilê Aiyê
A 9ª Virada Cultura de São Paulo, que acontece nos dias 18 e 19 de maio, em diferentes pontos da cidade, terá a participação do Ilê Aiyê. O Mais belo dos belos participará da abertura do evento, no sábado (18), a partir das 18h, como um dos convidados para um grande cortejo que reunirá mais de 20 blocos e congadas, e volta a se apresentar na manhã do domingo (19), em show com a Band’Aiyê, a partir das 11h no Palco do Largo do Arrouche
Nova Mesa Diretora do Conselho Municipal do Carnaval será eleita nesta quarta
A eleição da nova Mesa Diretora 2013/2014 do Conselho Municipal do Carnaval (Comcar) será realizada na tarde desta quarta-feira (15), às 17h, no auditório da Empresa Salvador Turismo (Saltur), no Dique do Tororó, em Salvador. Apenas uma chapa, encabeçada pelo atual presidente Pedro Costa, registrou sua candidatura. Além de Pedro Costa, a chapa é composta por Jairo da Mata (1° vice-presidente), Mateus Castro (2° vice e representante da Câmara Municipal de Salvador), Clóves Ramos (1° secretário), Gilsoney Oliveira (2° secretário) e Windson Silva (coordenador do carnaval). O Conselho é formado por 25 membros representativos dos poderes Executivo (Gabinete do prefeito, Saltur e Secretaria Municipal de Saúde), Legislativo e Estadual (Bahiatursa, secretarias estaduais de Saúde e de Segurança Pública – polícias militar e civil – e um membro indicado pelo governo do Estado para compor a Coordenação Executiva do Carnaval de Salvador). Além disso, possuem assento no Comcar o Conselho Baiano de Turismo; o Sindicato dos Músicos da Bahia; a Federação das Entidades Carnavalescas; as associações de Artistas Plásticos, de cronistas carnavalescos, de Blocos de Trios, de Blocos de Salvador, e Baiana de Trios Independentes; Entidades Carnavalescas; Clubes Carnavalescos; e segmentos Afro, Afoxé, Percussivo e Índio.
‘Panorama Carnaval’ debate critério para ordem na fila de blocos
O melhor critério para a reorganização da fila no desfile do Carnaval de Salvador foi a grande questão discutida durante o primeiro dia do debate na mesa-redonda "Organizando os desfiles" no "Panorama Carnaval". O pesquisador da Ufba Paulo Miguez defendeu que o critério da ordem das filas deve ser de ordem cultural, não pode ser submetido ao interesse comercial: "Há muito tempo que a fila passou a se tornar um esquema de negócios e o critério de antiguidade está obsoleto. Como organizar? Não tenho uma ideia fixa, mas acredito que a ordem deve ser ancorada na cultura, levando em conta a plasticidade e com a descontração dos grandes artistas", declarou Miguez, que também defende a criação do Museu do Carnaval para resgatar a história da maior festa momesca. Já Adolfo Nery, que defende os interesses da Central do Carnaval e do bloco Camaleão, acredita que o melhor seria um diálogo entre as entidades para a escolha da ordem: "O sorteio como critério para a fila é possível, mas seria melhor um diálogo. Um bloco como o Internacionais aceitaria? Ele sai há 40 anos no mesmo horário por tradição iria aceitar? Temos que organizar os desfiles, mas primeiro temos que organizar os espaços", pontuou. Vovô do Ilê Ayiê concorda com Nery e acredita que as entidades que estão na fila de um determinado dia poderiam entrar em consenso e escolher quem desfilará primeiro.
Com o slogan “A Câmara, antes de agir, quer ouvir você”, o seminário - que conta com o apoio do Conselho Municipal do Carnaval (Comcar) - é uma iniciativa da Comissão Especial do Carnaval na Câmara Municipal de Salvador e acontecerá até esta quinta-feira (16), das 9h às 18 horas, no teatro Jorge Amado, na Pituba. O seminário reuniu em sua cerimônia de abertura empresários do trade do entretenimento, carnavalescos, gestores públicos, 22 vereadores, imprensa e classe artística. O vereador Claudio Tinoco (DEM), vice-presidente da Comissão e relator do seminário, terá 15 dias para apresentar um documento com propostas de possíveis mudanças e melhorias. "Se for aprovado, podemos dar uma grande contribuição para o Carnaval e trazer melhorias para todos os outros anos da festa daqui para frente".
Vereadores convidam secretário de turismo para debater o Carnaval de 2014
Na noite desta segunda-feira, os vereadores Tiago Correia, Leandro Guerrilha, Henrique Carballal e Moisés Rocha, que fazem parte da Comissão Especial do Carnaval, estiveram em reunião com o secretário de Desenvolvimento, Turismo e Cultura; Guilherme Bellintani na sede da Empresa Salvador Turismo (SALTUR). A visita dos parlamentares foi para solicitar a presença do secretário no seminário que acontecerá no teatro Jorge Amado nos dias 14, 15 e 16 de maio com debates em relação ao Carnaval 2014. Temas como o Afródomo, programa Ouro Negro, Carnaval nos bairros populares, estrutura, circuitos oficiais e blocos de travestidos estarão na pauta deste evento. Para o vereador Carballal a discussão sobre a folia de momesca tem que acontecer com todos os setores envolvidos, “O auditório cabem cerca de 600 pessoas, a Câmara antes de agir quer ouvi e por isso vamos ao debate. O prefeito ACM Neto garantiu presença na abertura do evento.”, disse o petista que é presidente desta Comissão. Para o vereador Tiago Correia o auxílio do poder legislativo é fundamental no resultado final, “É importante que haja esse debate entre os envolvidos com a festa de maneira antecipada para que a cidade possa fazer um evento cada vez mais organizado.”, declarou o edil. O encontro contou com a presença do presidente da Fundação Gregório de Mattos, Fernando Guerreiro.
Carnaval na Copa: dois dias de junho serão dedicados à festa
são João provavelmente no Parque da Cidade, a partir deste ano e Carnaval na orla, durante a Copa do Mundo em 2014. As novidades foram confirmadas por Guilherme Bellintani secretário de Desenvolvimento e Turismo de Salvador, em conversa com a reportagem do CORREIO. Em meio à realização do primeiro Festival da Cidade que está mobilizando a capital baiana com várias atrações, Guilherme já começa a planejar os novos eventos em que aposta alto.
“A ideia é fazer uma festa do interior com as comunidades dos bairros que terão representantes com suas barracas de comidas e bebidas típicas. Faremos também um concurso de quadrilhas e uma programação especifica para a criançada”, revelou o secretário. Ele fez questão de pontuar que, a principio, o São João pode até ter uma grande atração para servir de chamariz. Mas o foco será as manifestações artísticas e culturais dos moradores da cidade.
Já o Carnaval da Copa acontecerá na orla (o local ainda não foi definido) durante dois dias do mês de junho de 2014, quando estará sendo realizada a Copa do Mundo no Brasil e Salvador será uma das sedes. Mas antes que alguém pense que a festa vá entrar para o calendário, Guilherme Bellintani foi taxativo: “é um evento especifico só para a Copa. Uma espécie de Carnaval indoor mas com a cara de Salvador”, concluiu.
Afródromo na ordem do dia na Câmara Municipal
O artista plástico Alberto Pitta apresentou o Afródromo ontem à noite para a Comissão de Reparação da Câmara Municipal, atendendo a convite do presidente Edvaldo Brito (PTB). Pitta também é o criador e dirigente do Cortejo Afro, um dos blocos mais famosos de Salvador e participante do projeto, que já desfilou com convidados internacionais ilustres, como os cantores Bono Vox e Björk, e a top model Naomi Campbell. Durante uma hora, Pitta mostrou a história dos blocos afros através de tecidos e explicou a concepção do Afródromo. O novo circuito será circular, no Comércio, com arquibancada gratuita para 20 mil pessoas na Avenida da França, onde acontecerá o desfile principal dos blocos afros da Bahia. A concentração ficará próxima do Moinho Salvador e o retorno pela Avenida Estados Unidos. O projeto está orçado em R$ 20 milhões que, segundo o artista, virão da iniciativa privada, cujos patrocinadores estarão permanentemente projetados através de vídeos cenários nas paredes da Codeba . “O Afródromo será a recuperação das cores perdidas no carnaval de Salvador, é a possibilidade de mudança, não uma mudança de paradigma, mas uma mudança para a dignidade”, declarou Pitta. Edvaldo Brito disse que “não vai abrir mão de a Câmara, a casa do povo, ser o palco de discussão dos grandes temas da cidade”. O próximo convidado a falar sobre o Afródromo é o presidente do Olodum, João Jorge, que não participa do projeto. Em seguida será convidado Pedro Costa, presidente do Conselho do Carnaval e, com todos os subsídios, a Comissão de Reparação fará uma audiência pública para discutir o projeto com a presença do seu criador, Carlinhos Brown. Também participaram da reunião ontem os membros da comissão Luiz Carlos Suica (PT), Sílvio Humberto Cunha (PSB) e Hilton Coelho (Psol)
Olodum já tem o tema do Carnaval 2014
O mais famoso bloco afro da Bahia no mundo, Olodum, sai na frente e anuncia seu tema para o Carnaval 2014: O povo Ashanti – O Trono Dourado – a Rainha Mãe Yaa Asentewaa . Trata-se de uma referência a história do metal ouro desde os tempos imemorias e a Costa do Ouro e um dos seus povos mais espectaculares os Ashanti.
Em nota distribuida à imprensa o Olodum detalha como o tema será explorado. ”No carnaval 2014 vamos conhecer a história de um menino Rei, que recebe um trono dourado do céu e de uma rainha mãe na luta por seu povo e seus simbolos. No colorido dos abadás do bloco, um passeio pela cultura e arte de um povo que foi tão importante na história antiga e atual da africanidade. Os Ashanti ou Asante são um importante grupo étnico do Gana. Eles foram um poderoso povo, militarista, e altamente disciplinado da África Ocidental. A antiga Ashanti migrou das imediações da região noroeste do Rio Níger após a queda do Império Gana, em 1200. Para alguns a suas origens estao nos Etíopes e Egípcios e a fuga de sacerdotes de conflitos religiosos.
O Olodum desfila durante três dias do Carnaval de Salvador (sexta, domingo e terça)
Exclusivo: Brown inova e traz a Estação Cervejão para o Carnaval
Enquanto a inovação não for feita ele não sossega. O idealizador do Afródromo, o cantor Carlinhos Brown, não perde tempo quando se fala em misturar arte, música e colocar tudo isso dentro da maior festa popular do planeta: O CARNAVAL.
Depois de não emplacar o Afródromo como gostaria, Brown insistiu em mais uma ideia - desta vez, algo mais pessoal e que valoriza a cultura afro e a nação timbaleira . Vem aí a Estação Cervejão, assinada por Carlinhos Brown em parceria com a cervejaria Schinkariol.
O projeto, foi divulgado por fontes ligadas ao compositor, com exclusividade ao Bocão News e que já é para este ano, será realizado no Museu Du Ritmo - na segunda e na terça de carnaval, a partir das 17h.
A melhor parte é que no Museu da Estação Cervejão terá show de Brown, Timbalada , Banda Didá, convidados nacionais e até internacionais. Os valores e nomes dos contemplados a participar deste evento inédito não foram divulgados.
O artista - ícone da música baiana e conhecido internacionalmente, fará este ano o Carnaval de Salvador ser diferente. Com o Afródromo, que perdeu o formato de novo circuito para se enquadrar no carnaval de 2013, terá agora desfiles dos blocos afros que acontecem normalmente todos os anos à noite, no domingo de carnaval, às 11h, puxado, claro, por ele, no circuito do Campo Grande com o cortejo dos blocos afros e afoxés.
Sobre a polêmica do Conselho do Carnaval não ter sido convidada para discutir o projeto, o cacique Brown informou que todas as vezes que a liga os convidou, ninguém participou das reuniões. "Temos todos os e-mails convidando o Conselho. Porém, todas as vezes que nos manifestamos, as pessoas fazem pouco caso e não participam das reuniões, mas depois vai para a imprensa reclamar. Não vamos precisar deste Conselho, não é um embate social", enfatizou durante coletiva realizada no início do mês e acompanhada pela repórter Elena Martinez.
Mas, o que importa agora é que há 16 dias do Carnaval - onde baianos e turistas se embalam entre os camarotes e circuitos da folia, o Afródromo e a Estação Cervejão aparecem para somar à festa onde quanto mais música, mais gente e mais alegria tiver são bem vindos. Da essência do 'atrás do trio' ou da opção de ver tudo do alto, na maior festa de rua do planeta vale mesmo é virar folião, seja onde for e do jeito que quiser.
Terça do Olodum terá muito arrocha nesta semana
A Terça do Olodum desta terça-feira (22) será mais do que especial. O grupo do Pelourinho que já realiza a tradicional festa de verão há 22 anos, receberá como convidado o cantor Pablo e seu arrocha, que está dominando o verão. O evento acontece na Praça Tereza Batista, Pelourinho, a partir das 20h. Nas três horas de show, o grupo que é liderado pelo trio Nadjane Souza, Mateus Vidal e Lazinho, vai animar a platéia com as músicas que marcaram a carreira da banda, como Faraó, Protesto do Olodum, Rosa, Dogons, Requebra, I miss Her, Guia Olodum, Vem meu amor, Avisa lá, além da mais nova de trabalho "Sérgio El Bailador" e as novidades para o Carnaval deste ano.
Próximo Ensaio do Muzenza terá Filhos de Jorge e Margareth
Os ensaios do bloco e banda Muzenza acontecem todas as quartas-feiras do mês de janeiro, no Largo Tereza Batista, Pelourinho, com convidados especiais. As próximas atrações já confirmadas são a banda Filhos de Jorge e Margareth Menezes, nesta quarta; o encontro dos blocos afros, com Gilmelândia e Larissa Luz (ex-Ara Ketu), dia 30.